O Conselho Federal de Química (CFQ) emitiu um alerta sobre os riscos da intoxicação por metanol, que vão além do consumo de bebidas adulteradas. Segundo a entidade, até mesmo a realização de testes caseiros para verificar a qualidade de bebidas suspeitas pode ser perigosa.
Um especialista do CFQ destacou a importância da denúncia e da prevenção como as principais formas de o cidadão contribuir para a fiscalização do uso irregular de metanol. As denúncias podem ser feitas anonimamente através de canais como o do Procon, as vigilâncias sanitárias (estadual e municipal), a Polícia Civil e os Conselhos Regionais de Química (CRQs).
Em caso de suspeita de adulteração, o conselho adverte para que não se realizem testes como cheirar ou provar a bebida, pois isso pode agravar o risco de intoxicação. Se houver suspeita de intoxicação, o recomendado é entrar em contato imediatamente com o Disque-Intoxicação (0800-722-6001) da Anvisa.
Para a prevenção, o CFQ sugere observar sinais de irregularidade nas garrafas, como preços muito abaixo do mercado, embalagens com lacres tortos, rótulos desalinhados, erros ortográficos ou ausência de informações obrigatórias como CNPJ e endereço do fabricante.
A fiscalização do transporte e comercialização do metanol é rigorosa e envolve a Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Polícia Federal, já que a substância é classificada como controlada. Qualquer operação envolvendo metanol exige cadastro prévio, autorização específica e rastreabilidade completa. A ANP regula e monitora a cadeia de suprimento do metanol, que no Brasil é quase totalmente importado.
Empresas que realizam atividades que demandem conhecimentos de química devem contar com um responsável técnico devidamente habilitado e registrado, garantindo o cumprimento de normas técnicas, sanitárias e ambientais.
A intoxicação por metanol é uma emergência médica grave. Os principais sintomas são visão turva ou perda de visão, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese. Em caso de identificação dos sintomas, é crucial buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001), o CIATox da sua cidade, ou o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI).
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br