Trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência no estado do Rio de Janeiro aguardam até 20 de outubro por avanços na negociação salarial. Após sete encontros, empregadores ainda não apresentaram uma proposta considerada satisfatória pela categoria.
Em reunião realizada nesta quarta-feira, dia 8, o sindicato da categoria manteve a proposta de aumento salarial de 7,5%. A reivindicação tem como base a política de valorização do salário mínimo, considerando a inflação acumulada pelo INPC, acrescida do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB).
O sindicato também busca um aumento no valor do ticket alimentação, visando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Segundo o presidente da entidade, um aumento de 20% no benefício não geraria encargos adicionais para as empresas, devido à isenção de impostos concedida pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). O reajuste solicitado representa um acréscimo de dois reais diários na alimentação de cada trabalhador, essencial para a categoria, que atua em ambiente periculoso e necessita de reforço alimentar para atender a demanda diária.
A diretoria do sindicato também insiste em um aumento de 10% no abono salarial (Participação nos Lucros e Resultados), que funciona como incentivo ao trabalhador.
Em contrapartida, os representantes do sindicato patronal propuseram um reajuste de 6% nos salários, abono e seguro de vida, além de 10% no valor do ticket alimentação.
A proposta foi rejeitada pela diretoria do sindicato dos trabalhadores, que a considera insuficiente e alega que, a médio prazo, pode deixar o piso salarial da categoria abaixo do valor do salário mínimo. A diretoria argumenta que o cenário econômico nacional é favorável e com pleno emprego.
O sindicato patronal manteve a proposta de ampliação do período pré-aposentadoria de 12 para 18 meses, assim como um desconto simbólico de, no máximo, um real referente ao ticket alimentação. A data-base da categoria está assegurada, garantindo que qualquer negociação será retroativa a 1º de junho.
Fonte: mundosindical.com.br