Em setembro, brasileiros resgataram R$ 455,68 milhões em valores considerados “esquecidos” no sistema financeiro, conforme dados recentemente divulgados. A movimentação foi realizada através do Sistema de Valores a Receber (SVR), uma iniciativa do Banco Central (BC) que permite a consulta e resgate de valores residuais em bancos, consórcios e outras instituições financeiras.
Desde a implementação do SVR, um montante total de R$ 12,22 bilhões já foi devolvido aos clientes bancários. Contudo, ainda restam R$ 9,73 bilhões disponíveis para saque.
O serviço do BC permite que cidadãos e empresas verifiquem se possuem valores a receber, utilizando apenas o CPF e data de nascimento (para pessoas físicas) ou CNPJ e data de abertura (para pessoas jurídicas). Caso haja valores disponíveis, é necessário realizar login com a conta Gov.br (níveis prata ou ouro) e com verificação em duas etapas habilitada para acessar os detalhes e solicitar o resgate.
O resgate dos valores pode ser feito de duas formas: contatando diretamente a instituição responsável ou solicitando através do próprio SVR. Desde maio, o sistema oferece a opção de solicitação automática de resgate para pessoas físicas que possuem chave Pix do tipo CPF, facilitando o processo de recebimento dos valores.
Os valores esquecidos podem ter diversas origens, incluindo contas-correntes ou poupanças encerradas, cotas de capital de cooperativas de crédito, recursos não procurados de consórcios encerrados, tarifas cobradas indevidamente, entre outros.
Até o final de setembro, mais de 34 milhões de correntistas já haviam resgatado valores, enquanto outros 53 milhões ainda não sacaram seus recursos disponíveis. A maior parte dos beneficiários tem direito a pequenas quantias, com 64,63% tendo até R$ 10 a receber.
O Banco Central alerta sobre o aumento de golpes relacionados ao SVR e reforça que o serviço é totalmente gratuito, não enviando links ou entrando em contato para solicitar dados pessoais ou senhas.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
