Neste domingo (21), o Maracanã será palco da tão aguardada final da Copa do Brasil de 2025, um dos torneios mais prestigiados e rentáveis do calendário nacional. Vasco da Gama e Corinthians se enfrentam no jogo de volta, com o estádio completamente lotado, em uma decisão que promete emoção até o último minuto. Após um empate sem gols no primeiro confronto, realizado na Neo Química Arena, em São Paulo, nenhuma equipe detém vantagem, tornando a partida no Rio de Janeiro um verdadeiro “tudo ou nada”. A taça será erguida por quem vencer no tempo normal; em caso de nova igualdade, a disputa seguirá para as penalidades máximas. Além do cobiçado troféu, o campeão garante uma vaga direta na Copa Libertadores e uma premiação substancial, elementos que elevam ainda mais o peso deste confronto histórico para ambos os alvinegros.
A Grande Final: Confronto Tático e Recompensa Milionária
O Empate Sem Gols e os Valores em Disputa
O primeiro capítulo desta épica final da Copa do Brasil foi disputado em 17 de dezembro, na casa corintiana, e terminou com um placar inalterado. Diante de uma plateia recorde de 46.616 torcedores e uma arrecadação histórica de R$ 5.469.214,00, as equipes protagonizaram um duelo tático intenso, mas sem que a rede balançasse. Este resultado deixou a decisão completamente em aberto para o Maracanã, onde a estratégia e a capacidade de superação serão cruciais. A rivalidade entre Vasco e Corinthians atinge seu ápice neste embate decisivo, onde a glória esportiva se alinha a recompensas financeiras significativas. O campeão da Copa do Brasil de 2025 embolsará aproximadamente R$ 77 milhões em premiação pelo título, enquanto o vice-campeão será agraciado com R$ 33 milhões. Além desses valores, ambas as equipes já acumularam montantes consideráveis ao longo da competição: o Vasco, que iniciou sua jornada na primeira fase, soma cerca de R$ 24 milhões, e o Corinthians, que ingressou na terceira fase, já garantiu cerca de R$ 20,6 milhões. Estes números sublinham a importância econômica do torneio, que distribui um montante recorde em premiações.
A Trajetória dos Gigantes Até o Maracanã
Caminhos Distintos Para a Decisão da Copa do Brasil
A jornada do Vasco da Gama rumo à final da Copa do Brasil foi marcada por superação e momentos de grande emoção. Nas fases iniciais, o Gigante da Colina demonstrou solidez ao vencer União Rondonópolis e Nova Iguaçu por 3 a 0, ambos os jogos fora de casa. No entanto, o confronto contra o Operário-PR foi um verdadeiro teste de resiliência, com dois empates por 1 a 1 e uma classificação suada nos pênaltis, em São Januário. Nas oitavas de final, a equipe carioca eliminou o CSA após um empate sem gols em Maceió e uma vitória por 3 a 1 no Rio de Janeiro. A saga vascaína continuou nas quartas e semifinais, onde a disputa por pênaltis foi novamente decisiva, superando rivais locais como Botafogo (dois empates por 1 a 1) e Fluminense (vitória por 2 a 1 e derrota por 0 a 1). Essa campanha forjou um time com grande capacidade de lidar com a pressão, característica vital para a grande final.
Do outro lado, o Corinthians trilhou um caminho igualmente desafiador e vitorioso. A campanha do Timão começou com duas vitórias por 1 a 0 sobre o Novorizontino. Nas oitavas de final, o Alvinegro Paulista protagonizou o que foi considerado o confronto mais emblemático de sua jornada, eliminando o arquirrival Palmeiras com duas vitórias por 1 a 0, uma na Neo Química Arena e outra no Allianz Parque, demonstrando força e superioridade em clássicos. Nas quartas, a vítima foi o Athletico-PR, com uma vitória por 1 a 0 na Arena da Baixada e um triunfo por 2 a 0 em casa. Na semifinal, o Corinthians enfrentou o Cruzeiro, vencendo por 1 a 0 no Mineirão e perdendo por 2 a 1 na capital paulista, garantindo a vaga na final nos pênaltis. A consistência em jogos eliminatórios e a capacidade de decidir confrontos cruciais definem a trajetória corintiana até o Maracanã.
Preparativos Finais e Histórico de Confrontos
Prováveis Escalações, Desfalques e o Peso da História
Para a grande decisão no Maracanã, o técnico Fernando Diniz, do Vasco, enfrenta desafios com dois desfalques importantes. O lateral Lucas Piton está fora devido a uma lesão no ligamento colateral medial (LCM) do joelho esquerdo, ocorrida no início do mês. Mais recentemente, o volante Mateus Carvalho sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) durante o aquecimento do jogo de ida, além de lesões nos meniscos e colaterais, afastando-o da final. A expectativa é que o Vasco repita a formação do primeiro jogo, com Léo Jardim; Paulo Henrique, Carlos Cuesta, Robert Renan e Pumita (improvisado na lateral esquerda); Cauan Barros, Thiago Mendes e Phillipe Coutinho; Nuno Moreira, Andrés Gómez e Rayan.
No Corinthians, o técnico Dorival Júnior conseguiu manter o elenco principal intacto, evitando suspensões que poderiam comprometer a equipe. Oito jogadores, incluindo sete titulares habituais, estavam pendurados com um cartão amarelo, mas passaram ilesos pelo primeiro jogo da final. Entre eles, nomes cruciais como o goleiro Hugo Souza, o zagueiro Gustavo Henrique e o meia Rodrigo Garro. A principal dúvida na provável escalação corintiana reside entre Garro e o volante André Carillo. Garro foi titular em São Paulo, mas tem sua minutagem controlada devido ao desgaste e uma recente recuperação de um estiramento na panturrilha direita. A provável formação do Corinthians é: Hugo Souza; Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu; Maycon, Raniele, Breno Bidon e Rodrigo Garro (ou André Carrillo); Memphis Depay e Yuri Alberto.
O histórico de confrontos eliminatórios entre Vasco e Corinthians adiciona uma camada extra de rivalidade à final. Esta é a sétima vez que os clubes se encontram em um mata-mata, e o retrospecto é amplamente favorável ao Timão, que levou a melhor em seis dessas ocasiões. Um dos duelos mais icônicos foi nas quartas de final da Libertadores de 2012, eternizado pela memorável defesa do goleiro Cássio em finalização de Diego Souza. A última final entre cariocas e paulistas ocorreu há 25 anos, no próprio Maracanã, pelo Mundial de Clubes de 2000. Após um empate sem gols, o Corinthians sagrou-se campeão nos pênaltis por 4 a 3, com Dida defendendo uma cobrança e Edmundo chutando para fora. O embate tático entre os treinadores Dorival Júnior e Fernando Diniz também já teve um capítulo em finais, com Dorival levando a melhor no Campeonato Paulista de 2016, quando seu Santos superou o Audax de Diniz.
Legado e Expectativa: Uma Final Para a História do Futebol Brasileiro
A final da Copa do Brasil de 2025 entre Vasco e Corinthians transcende a mera disputa por um troféu; ela representa um marco na rica história do futebol brasileiro. Em campo, estarão não apenas os onze jogadores de cada lado, mas a alma de duas das maiores torcidas do país, carregando a esperança e a paixão de milhões. O Maracanã, templo sagrado do esporte, será o palco de um espetáculo onde a técnica, a garra e a estratégia se fundirão na busca pela glória. Para o Vasco, a chance de conquistar um título de grande expressão e reafirmar sua força no cenário nacional. Para o Corinthians, a oportunidade de ampliar sua galeria de troféus e consolidar ainda mais sua hegemonia em confrontos eliminatórios. O desfecho desta partida não apenas definirá o campeão e os destinos financeiros e continentais dos clubes, mas também gravará mais um capítulo inesquecível na memória afetiva de torcedores e amantes do futebol, celebrando a intensidade e a imprevisibilidade que tornam este esporte tão cativante.