Bolsonaro submetido a cirurgia de hérnia bilateral em Brasília o ex-presidente da

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O Procedimento Cirúrgico e a Condição Médica Detalhada

Intervenção Bem-Sucedida e Decisão Estratégica da Equipe Médica

A cirurgia à qual Jair Bolsonaro foi submetido visou corrigir uma hérnia inguinal bilateral, uma condição comum que ocorre quando uma parte do intestino ou tecido adiposo protrui através de um ponto fraco na parede abdominal, causando uma protuberância na virilha. O procedimento, realizado sob anestesia geral, envolveu a correção de hérnias em ambos os lados do abdômen, um lado sendo mais avançado que o outro. O cirurgião responsável, Cláudio Birolini, detalhou a jornalistas que a hérnia do lado esquerdo ainda se encontrava em estágio inicial, com menor dimensão comparativamente à direita. No entanto, a equipe médica optou por intervir simultaneamente em ambos os lados, uma decisão estratégica para mitigar a necessidade de uma futura cirurgia para o problema incipiente.

“O procedimento ocorreu sem nenhuma intercorrência”, garantiu o Dr. Birolini após a conclusão da operação, que se estendeu por mais de três horas. Ele explicou que, se a hérnia do lado esquerdo não fosse abordada no momento, o ex-presidente “ia desenvolver um quadro clínico do mesmo jeito que o que desenvolveu do lado direito” em questão de meses. A medida preventiva visou poupar Bolsonaro de um novo período de internação e recuperação em breve. Durante a intervenção, uma tela de polipropileno foi implantada na parte interna da parede abdominal. Este reforço é crucial para fortalecer a estrutura e minimizar significativamente o risco de recorrência de hérnias na mesma região, garantindo uma solução mais duradoura para o problema de saúde.

Pós-Operatório, Cuidados Intensivos e o Enigma dos Soluços Persistentes

Recuperação Prevista e o Desafio dos Soluços Recorrentes

Após a exitosa cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral, o ex-presidente Jair Bolsonaro iniciou seu período de recuperação, com uma previsão inicial da equipe médica de que demandará entre cinco e sete dias para completa convalescença. Durante este período, ele permanecerá em observação contínua no hospital, submetendo-se a um rigoroso protocolo de cuidados pós-operatórios. Este plano inclui sessões de fisioterapia e outros procedimentos preventivos, essenciais para evitar complicações comuns em cirurgias de grande porte, como problemas vasculares. A prevenção de um eventual tromboembolismo venoso, caracterizado pela formação de coágulos, é uma das prioridades para assegurar uma recuperação segura e sem contratempos para o ex-chefe de Estado.

Paralelamente à recuperação da cirurgia de hérnia, a equipe médica mantém um foco especial em uma condição que há meses aflige Bolsonaro: os soluços persistentes. Este sintoma, aparentemente benigno, preocupa os especialistas devido ao seu impacto significativo na qualidade de vida e na recuperação do paciente. O cardiologista Brasil Ramos Caiado sublinhou a gravidade da situação, explicando que os soluços “afetam e prejudicam a respiração e o sono de Bolsonaro, gerando cansaço adicional e atrapalhando a recuperação do ex-presidente”. Em um contexto pós-operatório, onde o organismo está empenhado na cura e na restauração, a presença constante dos soluços representa uma “agressão” adicional ao corpo.

Nos próximos dias de internação, a equipe médica planeja “potencializar” a medicação destinada ao tratamento dos soluços, explorando diversas alternativas terapêuticas na esperança de solucionar o problema sem a necessidade de submeter Bolsonaro a outro procedimento cirúrgico. “Vamos observar, nestes próximos dias, a necessidade ou não deste procedimento [cirúrgico]”, afirmou o Dr. Caiado, indicando que uma reavaliação definitiva sobre a eventual intervenção ocorrerá provavelmente na próxima segunda-feira (29), um prazo considerado adequado para que o ex-presidente possa responder ao tratamento medicamentoso intensificado. A prioridade é garantir que a recuperação da cirurgia de hérnia não seja comprometida por este desafio adicional de saúde.

Internação Sob Estrito Monitoramento Judicial

A internação do ex-presidente Jair Bolsonaro para a cirurgia de hérnia inguinal bilateral e seu subsequente período de recuperação acontecem sob um escrutínio e monitoramento judicial rigorosos. Condenado pela trama golpista que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023 e nos ataques aos Três Poderes em Brasília, Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão. Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, desde 25 de novembro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Essa condição legal impõe um cenário único para sua estadia hospitalar.

Para o procedimento cirúrgico desta quinta-feira, Bolsonaro foi conduzido ao hospital por agentes da Polícia Federal na manhã do dia anterior, acompanhado pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Durante todo o período de sua internação, a vigilância sobre o ex-presidente é ininterrupta. Por determinação judicial, dois agentes da PF permanecem 24 horas por dia na porta de seu quarto, garantindo a segurança e o cumprimento das ordens judiciais. Além disso, outras equipes de segurança, tanto internas quanto externas ao ambiente hospitalar, mantêm a custódia. Apesar das restrições, o ministro Alexandre de Moraes autorizou as visitas dos filhos a Bolsonaro durante sua internação, permitindo um contato familiar em meio ao complexo quadro médico e legal que o ex-presidente enfrenta. Este cenário sublinha a interseção intrincada entre saúde pública, direito penal e a figura de uma ex-autoridade máxima do país.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br

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