Um novo estudo aponta que a escala de trabalho 6×1, caracterizada por seis dias de trabalho por um de folga, impacta de forma desproporcional trabalhadores negros, especialmente mulheres negras. A pesquisa, parte de um dossiê sobre o fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho, destaca que essa modalidade agrava a desigualdade racial no mercado de trabalho.
A análise revela que a despadronização do tempo de trabalho, impulsionada pela escala 6×1, afeta principalmente a população negra, que está concentrada em ocupações mais exaustivas e com menores salários. Essa condição resulta em sobrecarga, restringe o acesso ao lazer e à educação, e aumenta a “pobreza de tempo”, impactando negativamente a saúde física e mental desses trabalhadores.
O estudo estima que mais de 5 milhões de trabalhadores negros seriam diretamente beneficiados pela eliminação da escala 6×1 e pela redução da jornada de trabalho. A medida, segundo a pesquisa, não apenas representa um avanço nos direitos trabalhistas, mas também uma ação em prol da justiça racial.
A pesquisa ainda argumenta que a mudança pode levar à maior formalização do emprego, à redução da precarização e ao estímulo do crescimento econômico no país. O estudo completo está disponível para consulta.
Fonte: mundosindical.com.br