O centro histórico de Recife, conhecido por seus casarões do século XVII, transformou-se em um polo de inovação tecnológica. Em meio à arquitetura histórica, empresas de ponta desenvolvem soluções em áreas como logística, segurança da informação, games e inteligência artificial.
A região abriga o Porto Digital, um dos principais centros de tecnologia do país. O parque tecnológico reúne 475 empresas, desde startups até multinacionais, gerando mais de 21 mil empregos.
Empresas globais como Accenture, Deloitte, NTT Data e Capgemini estabeleceram-se em uma área de 42 campos de futebol no coração da capital pernambucana.
O engenheiro elétrico Eduardo Peixoto, que vivenciou a fuga de talentos de Pernambuco, retornou para contribuir com o desenvolvimento do Porto Digital. Atualmente à frente do CESAR, ele destaca a importância do projeto para reter e atrair profissionais qualificados.
O presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, enfatiza o impacto na formação profissional, com 4,5 mil alunos em cursos universitários rápidos e residências em empresas. Em 2024, Recife formou 1,4 mil profissionais na área de tecnologia.
O faturamento das empresas do Porto Digital atingiu R$ 6,2 bilhões em 2024. Apesar dos incentivos fiscais, o parque tecnológico representa a terceira maior fonte de receita para a cidade de Recife. A prefeitura oferece incentivos fiscais, renunciando a 60% do Imposto Sobre Serviço (ISS) para as empresas instaladas no Porto Digital.
O Rec’n’Play, festival de tecnologia realizado no Porto Digital, oferece mais de 700 atividades gratuitas em diversos espaços da região. A expectativa é que o evento atraia mais de 90 mil visitantes.
Apesar do sucesso, há discussões sobre a necessidade de contrapartidas das empresas que se beneficiam dos incentivos fiscais, como o reinvestimento em educação para manter um fluxo constante de profissionais qualificados.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br