A inteligência e capacidade de superação do brasileiro, forjada pela desigualdade social em um país entre os 20 mais ricos, impulsionam a economia, mesmo diante de adversidades. A resiliência do mercado de trabalho, apesar das altas taxas de juros e de medidas tarifárias, sugere que o Brasil poderia alcançar um crescimento sustentável ainda maior com investimentos significativos em educação e infraestrutura.
O mercado de trabalho nacional vive um período notável, com níveis de emprego e salários entre os melhores das últimas décadas. O país atingiu um recorde de 102,4 milhões de pessoas ocupadas, resultado impulsionado principalmente pelo aumento do emprego formal, com carteira assinada. O rendimento médio do trabalhador também apresentou um crescimento considerável nesse período.
A força de trabalho tem sido fundamental para sustentar a economia. Nesse contexto, o movimento sindical enfrenta o desafio de se preparar para futuras crises, considerando que a expansão do mercado de trabalho tende a intensificar a relação entre capital e trabalho.
Investidores defendem ajustes fiscais e a elevação das taxas de juros, mesmo que isso implique em sacrifícios para os trabalhadores. A imposição de tarifas exigiu do governo a liberação de recursos para que as empresas reorganizassem suas estruturas de comercialização, mas os juros atuais dificultam esse objetivo. O encarecimento do crédito acarreta a diminuição do consumo e, consequentemente, a estagnação econômica.
Para promover uma transformação econômica e social abrangente, é essencial um diálogo amplo para desenvolver um programa de produtividade que envolva qualidade na educação, saúde, qualificação profissional, tecnologia, inovação e infraestrutura.
Países que investem em seu povo alcançam esse nível de desenvolvimento. Modelos positivos, como a infraestrutura laboral da China, onde o trabalho humano é valorizado mesmo com tecnologia de ponta, servem de inspiração.
É crucial aprender com esses modelos para que, no futuro, o Brasil possa promover mudanças significativas e se destacar não apenas no cenário geopolítico, mas também no econômico.
Fonte: agenciasindical.com.br