Uma imersão na China revela um país de contrastes fascinantes e ambições grandiosas. A crescente relevância do país no cenário global, especialmente no contexto do BRICS, impulsionou uma viagem para desvendar os mistérios desta nação com mais de um bilhão e meio de habitantes.
A oportunidade surgiu através de um convite da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores, que, em parceria com a ACFTU-Chinesa, proporcionou a 27 representantes de diversas centrais sindicais uma experiência completa com todas as despesas pagas. Este intercâmbio, que já ocorre há algum tempo, ganha destaque neste ano em que Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas, consolidando a China como principal importador de produtos alimentícios brasileiros.
A viagem impressionou pela cultura vibrante, disciplina evidente, preocupação com o meio ambiente e, acima de tudo, pela visão de longo prazo que permeia as políticas chinesas. A cultura, acessível a todas as idades, impulsiona o turismo com o auxílio da tecnologia. A disciplina se manifesta nas ruas e calçadas impecáveis, onde a limpeza é uma constante. A preservação ambiental é prioridade, com cidades arborizadas e infraestrutura moderna que oculta a fiação no subsolo.
A inovação tecnológica é onipresente. Hotéis utilizam robôs para atendimento em diversos idiomas, enquanto vendedores de lojas demonstram profundo conhecimento tecnológico para atender os clientes. Há, inclusive, iniciativas para lidar com o trabalho informal, como a criação de espaços de apoio para motoristas de aplicativos, oferecendo desde refeições e treinamento até áreas de descanso e higiene.
A mobilidade urbana também chama a atenção. A maioria dos veículos é elétrica, com motos compactas que eliminam a poluição sonora e a emissão de gases. Apesar de um trânsito aparentemente caótico, a taxa de acidentes é baixa. O transporte ferroviário, incluindo o trem-bala, desempenha um papel fundamental na logística do país.
A percepção geral é de um país com políticas internas bem definidas e de fácil implementação, com a população engajada no desenvolvimento sustentável. A política externa se concentra em investimentos de longo prazo em países em desenvolvimento, visando o crescimento econômico dessas nações e, consequentemente, o aumento do consumo de produtos chineses.
Fonte: agenciasindical.com.br