O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil apresentará aos Estados Unidos fortes argumentos econômicos para reverter as tarifas impostas a produtos brasileiros. Segundo ele, a medida tem elevado o custo de vida dos cidadãos americanos.
Haddad enfatizou que o governo brasileiro demonstrará que a população dos EUA está sofrendo as consequências do aumento de tarifas, impactando o preço de produtos como café, carne e limitando o acesso a itens brasileiros de alta qualidade, tanto industriais quanto agrícolas. Ele destacou que os EUA já estão percebendo que as tarifas causaram mais prejuízos do que benefícios.
O ministro lembrou que os Estados Unidos possuem um superávit comercial com o Brasil e diversas oportunidades de investimento, especialmente em áreas como transformação ecológica, terras raras, minerais críticos, energia limpa (eólica e solar).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia solicitado a Donald Trump, em uma conversa por videoconferência, a remoção da sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros e o fim de medidas restritivas contra autoridades do Brasil. Trump designou um secretário para dar andamento às negociações. Os dois presidentes combinaram um canal de comunicação direto e planejam se encontrar em breve.
Haddad afirmou que a diplomacia brasileira, com seus argumentos consistentes, vai superar o momento atual, que classificou como um grande equívoco, motivado por desinformação e não pela realidade dos fatos. Para ele, grupos de extrema direita brasileiros estão desinformando o governo americano sobre a situação no país.
O tarifaço faz parte da política do governo Trump de aumentar tarifas contra parceiros comerciais. Inicialmente, foi imposta uma taxa de 10% sobre produtos brasileiros, baseada no déficit comercial dos EUA com cada país. Posteriormente, entrou em vigor uma tarifa adicional de 40% em resposta a decisões que prejudicariam empresas de tecnologia americanas e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br